Publicado em 07/12/2022 às 19h23 – Atualizado em 07/12/2022 às 19h29.

A equipe da área de educação do gabinete de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teme que as restrições orçamentárias impostas pelo atual governo possam afetar o sistema de preenchimento de vagas nas universidades, o Sisu, que terá processo seletivo já em fevereiro.
Os integrantes do gabinete de transição também manifestaram preocupação com licitação para a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), principal porta de entrada para o ensino superior, que será realizada ainda neste mês. Eventuais dificuldades não afetariam o exame a ser realizado em janeiro para os PPL (Pessoas Privadas de Liberdade), mas poderia atrapalhar o cronograma da prova no próximo ano.
A equipe de Lula aponta preocupação especial com os sistemas da informação, que podem afetar o andamento de diversas políticas públicas do Ministério da Educação. Citaram em particular a questão do Sisu.
“Mas a questão do Sisu específica ela é preocupante porque tem alterações que precisam ser feitas no sistema, assim como o Sisprouni. São questões que a gente vai se aprofundar, mas que nos preocupam”, afirmou o ex-ministro da Educação Henrique Paim, um dos coordenadores do grupo técnico.
Em relação ao Enem, a equipe de transição evitou um tom mais alarmista. “A questão do Enem eu diria que até a prova agora que será feita em janeiro do PPL já tem contratado. Tem que verificar os pagamentos pendentes, mas temos por exemplo uma preocupação com o próximo Enem porque tem um processo licitatório em curso que será feito ainda neste ano”, afirmou Paim.
Procurado pela equipe de reportagem, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não enviou nenhuma nota de esclarecimento sobre a temática desta reportagem.

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